quinta-feira, 31 de março de 2011

JOTA NETO - UM POTIGUAR NA MÚSICA GOSPEL

                                                                                   BIOGRAFIA


Natural de Parelhas, no Rio Grande do Norte, nascido num dia 27 de agosto, filho de João Paulo Alves e Anaiza Dina de Azevedo, já aos 6 anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro.

No inicio de sua vida profissional, tentou de tudo: inclusive como pintor artistico, entre outras atividades. Tudo em vão, pois nada disso era um plano em sua vida.
Aos 21 anos de idade, após expressivo acontecimento em sua vida, converteu-se e membrou numa Assembléia de Deus, onde chegou a ser líder de mocidade.
Quatro anos após sua conversão, aos 25 anos, lança seu primeiro disco: “Água Viva”. Depois vieram mais 21 álbuns.
Sua carreira é repleta de grandes sucessos, que se tornaram grandes clássicos da canção Gospel, tais como: Pensando Bem, Nada me Separa Desse Amor, É Bonita, Água Viva, Fogo no Altar, Conquista, etc etc É também o primeiro cantor gospel do Brasil, a ter canções em trilhas sonoras de novelas: “Escrava Isaura”, “Essas Mulheres” e “Cidadão Brasileiro”, todas na Rede Record. Além disso, é notoriamente o pioneiro da música "gospel romântica"
Em 2008, lançou uma verdadeira obra prima da música gospel brasileira, o CD "RIQUEZAS", repleto de grandes sucessos do passado, tais como: Consagração, Restitui, Alfa e Omega, Creio, Jesus Cristo mudou meu viver, Mover do Espirito, etc etc
No inicio de 2010, seu mais recente lançamento, pela Line Records, o CD: "UM MILAGRE NOVO" este só de canções inéditas.

quarta-feira, 30 de março de 2011

MORRE JOSÈ ALENCAR

O maior e melhor vice-presidente do Brasil acaba de falecer no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. José de Alencar que lutava e relutava contra um câncer no sistema digestivo há vários anos, e depois de várias cirurgias para dar fim a esta maléfica doença, não resistiu na tarde de hoje e por volta das 14:30 veio a falecer. O Brasil perde além do político e do empresário um grande Homem que era amado e respeitado por todos.

Fonte: blogdejoaoandreneto.blogspot.com

quinta-feira, 24 de março de 2011

R E L E M B R A N D O...

Foto tirada na antiga sorveteria. Galhardo, Amaury, Jadson e o saudoso Raimundinho do
violão. Saudades!!!!!!!

R E U N I Ã O D A A C L A


Querido(a) conterrâneo(a):
Ontem à noite, numa reunião que se iniciou às 20 horas e se prolongou até as 22 horas e 30 minutos, apreciamos, aprovamos e assinamos os documentos constitutivos de criação da ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES – ACLA.
O próximo passo será o de registrá-lo do Ofício de Notas de C. Mirim, para que adquiramos personalidade jurídica e possamos iniciar o nosso trabalho em favor da cultura do nosso município.
A diretoria recém-constituída é assim composta:
Presidente: Pedro Simões; Vice-Presidente: Gibson Machado; Secretário: Francisco de Assis Rodrigues; Tesoureiro: Franklin Marinho.
Contamos com vinte e quatro patronos e onze sócios, na condição de fundadores. Posteriormente outras indicações serão consideradas para a categoria de sócios efetivos, até preencher o total de cadeiras.
São sócios fundadores: Pedro Simões, Bartolomeu Correia de Melo, Gibson Machado, Assis Rodrigues, Franklin Marinho, Maria Leonor Soares, Lúcia Helena Pereira, Janilson Oliveira, José de Anchieta Cavalcanti, Ormuz Simonetti e Ciro Tavares,
São patronos: Cadeira n.1 – Nilo Pereira; Cadeira n.2 – Edgar Barbosa; Cadeira n. 3 – Juvenal Antunes; Cadeira n. 4 – Maria Madalena Antunes Pereira; Cadeira n. 5 – Adelle de Oliveira; Cadeira n. 6 – Augusto Meira; Cadeira n. 7 – Rodolfo Garcia; Cadeira n. 8 – Júlio Magalhães de Sena; Cadeira n. 9 – Inácio Meira Pires; Cadeira n. 10 – Jayme Adour da Câmara; Cadeira n. 11 – Padre Jorge O´Grady de Paiva; Cadeira n. 12 – Elviro Carrilho da Fonseca; Cadeira n. 13 – Herculano Bandeira de Melo; Cadeira n. 14 – José Emidio Rodrigues Galhardo; Cadeira n. 15 – José Alcino Carneiro dos Anjos; Cadeira n. 16 – Francisco Pereira Sobral; Cadeira n. 17 – Etelvina Antunes Lemos; Cadeira n. 18 – Antonio Glicério; Cadeira n. 19 – Dolores Cavalcanti; Cadeira n. 20 – Francisco de Salles Meira e Sá; Cadeira n. 21 – Anete Varela; Cadeira n. 22 – Rafael Fernandes Sobral; Cadeira n. 23 – José Pacheco Dantas; Cadeira n. 24 – Manuel Fabrício de Souza (Amarildo).
Finalmente, aprovamos a iniciativa de elaboração de um plano diretor de cultura para Ceará-Mirim, que terá três vertentes: PROJETO MEMÓRIA (cuidará da memória da cidade – história, preservação do acervo, revitalização da cultura popular); PROJETO VANGUARDA (estímulo às manifestações literárias e artísticas de caráter experimental, assim como a consideração à cultura de massa, na área teatral, musical, pictórica, etc) e o PROJETO DO TURISMO CULTURAL em que pretendemos dar sentido e conseqüência à nossa tradição, convertendo-a em fonte de emprego e renda para o município.
Esperamos contar com o seu valioso apoio e a sua ajuda , para alcançarmos os nossos objetivos.
Atenciosamente,
PEDRO SIMÕES

sábado, 19 de março de 2011

DIA MUNDIAL DO TEATRO - A NOSSA HOMENAGEM AO GRANDE TEATRLÓGO CEARAMIRINENSE MEIRA PIRES


Texto de Jadson Queiroz





Inácio de Meira Pires, nasceu em Ceará-Mirim, no ano de 1928, na antiga rua São José, vizinho ao Centro Esportivo e Cultural. Descendente da estirpe dos Meira, sendo o Eminente Humanista e Jurista Dr. Olyntho José Meira, o seu bisavô. Desde muito cedo despertou-lhe a vocação teatral, fazendo teatro no quintal de sua casa. Estava nascendo aí, o maior homem de teatro do Rio Grande do Norte e o primeiro Teatrólogo filho de Ceará-Mirim.

Vindo morar em Natal, fundou o Teatro Mocidade e o teatro de Bairro. Escreveu a sua primeira peça que se chamou de Destino. Aos 19 anos ocorria o lançamento da sua comédia, nacionalmente, O Bonitão da Família, por nada mais, nada menos do que o maior ator da época Procópio Ferreira. De então em diante, não fez outra coisa, senão se dedicar de corpo e alma ao teatro, quer seja escrevendo, dirigindo ou representando.

Na peça - ainda inédita - O homem é o lobo do homem - a evocação do Ceará-Mirim está presente no diálogo de Bento e Dorinha, lembrando o bueiro do Engenho Jericó, a igreja de torres compridas, a Virgem da Conceição. Nesta peça, Meira Pires mostra todo o seu amor por Ceará-Mirim, a sua terra amada. Lembra o menino da rua São José, que passou a sua infância entre o seu Jericó e a rua que tanto amava.

Foi Meira Pires, o primeiro filho do Nordeste a ocupar o cargo de Diretor do Serviço Nacional de Teatro, onde lançou o Plano Nacional de Popularização do teatro, recebendo por isto, a homenagem da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), colocando no jardim do Teatro Alberto Maranhão, o seu busto. Além disso, várias placas em bronze assinalam as atividades fabulosas em benefício da cultura teatral brasileira.

Foi biógrafo amoroso e conservador do grande Alberto Maranhão, o mecenas da cultura do Rio Grande do Norte. por mais de vinte e três anos Diretor e Superintendente do teatro Alberto Maranhão. Meira Pires, fazia do Teatro Alberto Maranhão, o seu lar artístico durante toda a sua vida. De temperamento forte, predestinado para vencer desafios, Meira, era um amigo leal e sincero. relembro Meira boêmio, o notívago, o pai amável, o esposo querido, o cidadão comum. Meira a figura humana da paisagem da cidade, sua presença marcante dentro da noite, varando madrugadas na conversa gostosa das esquinas e bares. Ninguém melhor do que ele soube viver o dia-a-dia desta cidade.



Câmara Cascudo certa vez o chamou de Ventania do Nordeste.

Na sua posse na Academia Norte-Riograndense de Letras, foi saudado, pelo Escritor filho de Ceará-Mirim, Nilo Pereira, que em seu discurso, chamou aquela noite maravilhosa, de a noite do Ceará-Mirim, pois lá estava o mestre Edgar Barbosa, filho também do Ceará-Mirim.

Na sua saudação a Meira Pires, disse o Mestre Nilo Pereira: “Creio que levais as folhas secas, para que na estrada, às vezes à espera, reverdeçam as árvores do idealismo sempre posto à prova. Mais do que, como disse o mestre Cascudo, ventania, acontece às vezes desabais como furacão. Podemos sentir à distância os prenúncios da tempestade”. Mostra Nilo Pereira, nesta saudação a Meira Pires, toda a força intelectual deste cearamirinense bravo e forte. Escrevendo na orelha do livro de Meira Pires, “Teatro Alberto Maranhão e seu Patrono” disse o escritor Veríssimo de Melo: “Tudo isto é trabalho de um homem lúcido e determinado, que não mede sacrifícios para a consecução dos seus ideais, que ama verdadeiramente a arte cênica e para a qual o teatro é a razão maior de ser de sua vida”. Vejamos abaixo as obras publicadas e não publicadas de Meira Pires:.A mulher de preto (monólogo em dos atos); Um resto de tragédia (tragédia moderna em 3 atos); Teatro (contendo as peças Bonitão da Família e Senhora de Carrapicho); João Farrapo (peça em três atos); Cabeça do mundo (peça em três atos); Teatro que aprendí (estudos); Teatro Alberto Maranhão e seu Patrono (síntese histórica); O papel da Reserva Militar (conferência); Caxias, O Pacificador (conferência); TENAT (Um projeto cultural (discurso); Uma política de Teatro no desenvolvimento do Nordeste (estudo), dentre outras.

Hoje, relembramos um pouco da vida ínsigne teatrólogo. Tive a honra e a felicidade de ter privado de sua amizade, como seu compadre, amigo e companheiro de ofício. Ele costumava dizer que era o primeiro teatrólogo do Ceará-Mirim, e eu, o segundo, pois eu havia vindo depois dele. Não é por acaso que se nasce em Ceará-Mirim; não tive esse privilégio, mas nesta amada terra eu crescí, aqui nasceram meus filhos e hoje, parte dos meus netos, estão nascendo lá.

Meira Pires, faleceu prematuramente em novembro de 1982. Tem um personagem de Shakespeare chamado Hamlet, que ferido mortalmente, olhando o mar diz: “...só resta o silêncio...” Para você Meira Pires eu diria, olhando para o rio Ceará-Mirim ou Rio Azul, ferido não pela adaga do inimigo, como o personagem citado, mas sim, ferido pela saudade eu diria: só resta o silêncio profundo da tua ausência querida.

Esperamos que o Ceará-Mirim, através da Prefeitura Municipal e dos órgãos de cultura, façam Justiça prestando homenagem a este seu filho ilustre

D I A M U N D I A L D O T E A T R O


MENSAGEM DO DIA MUNDIAL DO TEATRO DE 2011
.
O DIA MUNDIAL DO TEATRO é comemorado em 27 de março e uma das mais importantes manifestações por isto é a difusão da Mensagem Internacional, escrita tradicionalmente por uma personalidade de dimensão mundial, convidada pelo Instituto Internacional do Teatro para partilhar as suas reflexões sobre temas de Teatro e a Paz entre os povos. Esta mensagem é traduzida em mais de vinte línguas e lida perante milhares de espectadores antes do espetáculo da noite nos teatros do mundo inteiro.

A primeira mensagem foi escrita por Jean Cocteau (França), em 1962, a do ano de 2009, pelo dramaturgo brasileiro Augusto Boal (que veio a falecer logo a seguir, em 02-05-2009) e a de 2010 por Dame Judi Dench (Inglaterra).

O Instituto Internacional de Teatro, com sede na Suíça acabou de divulgar a mensagem de 2011, que foi escrita pela africana Jessica Atwooki Kaahwa. e traduzido para o português pelo Presidente da Federação Portuguesa de Teatro, Dr. Rafael Amaral Vergamota.



Breve biografia de Jessica Atwooki Kaahwa
(autora da mensagem do Dia Internacional do Teatro de 2011)

Jessica Kaahwa, PhD não é apenas uma dramaturga realizada, atriz, diretora de teatro académico, ela também é altamente respeitada internacionalmente por seu trabalho humanitário. Responsável pela bolsa de estudos da Fulbright, destinata bolsas e concessões numerosas para continuar sua pesquisa e trabalho de campo utilizando o teatro e a mídia como forças construtivas em zonas de conflito e para a melhoria da saúde.

Ela é atualmente professora titular dos Departamentos de Música, Dança e Teatro da Universidade de Makerere, em Uganda, onde também obteve seu mestrado. Todavia, sua licenciatura é da Universidade de Benin na Nigéria, onde também trabalhou como correspondente da Rádio da Nigéria. Em 2001, recebeu seu PhD em Teatro, História, Teoria e Crítica da Universidade de Maryland, EUA.

Escreveu mais de 15 peças de teatro, televisão e rádio, incluindo a "Pedra Fundamental", "Dog Bite-Justice", "Paradise for Ever", "Ecos de Paz" e "Tambores da Liberdade". Ela já dirigiu e atuou em várias de suas peças. Seus créditos incluem dirigir "Rei Lear" de William Shakespeare, "Mãe Coragem e Seus Filhos", de Bertolt Brecht (traduzido em Luganda e excursionou na África do Sul e Washington DC) e ela co-dirigiu o "Soldier's Tale", de Igor Stravinsky. Seus créditos incluem "Cornerstone", "Homens Things" (por Rose Mbowa), "nosso marido Has Gone Mad" (por Ola Rotimi), "Morte aos Cavaleiros do Rei" (por Wole Soyinka) e "Não mais Petróleo Livro" (por Fatunde Tunde).

Grande defensora dos direitos humanos, Jessica Kaahwa implacavelmente levanta a voz para a igualdade de gênero, paz e conflito de comunicação. Ela também tem orquestrado várias iniciativas nacionais e internacionais utilizando o teatro para o desenvolvimento humano e continua sua pesquisa sobre a múltiplas aplicações de teatro em todas as facetas da sociedade.

Kaahwa é adepta do "ensinar fazendo". Suas ações humanitárias também incluem a criação de um centro para crianças órfãs em sua fazenda em Uganda, que lhes permita recuperar os sentimentos de auto-estima e segurança. (onde Madonna passa boa parte de seu tempo livre)

Jessica Kaahwa fala Inglês, francês, suaíli, e a maioria das línguas bantu e em torno de Uganda (fluente em Runyakitara).

Leia a seguir a íntegra da mensagem:
"O TEATRO A SERVIÇO DA HUMANIDADE
(por Jessica Atwooki Kaahwa, traduzido para o português por Rafael Amaral Vergamota, Presidente da Federação Portuguesa de Teatro)

Este é o momento exato para uma reflexão sobre o imenso potencial que o Teatro tem para mobilizar as comunidades e criar pontes entre as suas diferenças.
Já, alguma vez, imaginaram que o Teatro pode ser uma ferramenta poderosa para a reconciliação e para a paz mundial?
Enquanto as nações consomem enormes quantidades de dinheiro em missões de paz nas mais diversas áreas de conflitos violentos no mundo, dá-se pouca atenção ao Teatro como alternativa para a mediação e transformação de conflitos. Como podem todos os cidadãos da Terra alcançar a paz universal quando os instrumentos que se deveriam usar para tal são, aparentemente, usados para adquirir poderes externos e repressores?

O Teatro, sutilmente, permeia a alma do Homem dominado pelo medo e desconfiança, alterando a imagem que têm de si mesmos e abrindo um mundo de alternativas para o indivíduo e, por consequência, para a comunidade. Ele pode dar um sentido à realidade de hoje, evitando um futuro incerto.
O Teatro pode intervir de forma simples e direta na política. Ao ser incluído, o Teatro pode conter experiências capazes de transcender conceitos falsos e pré-concebidos.

Além disso, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamos coletivamente e que, por elas, teremos de lutar quando são violadas. Na previsão de um futuro de paz, deveremos começar por usar meios pacíficos na procura de nos compreendermos melhor, de nos respeitarmos e de reconhecer as contribuições de cada ser humano no processo do caminho da paz. O Teatro é uma linguagem universal, através da qual podemos usar mensagens de paz e de reconciliação.
Com o envolvimento ativo de todos os participantes, o Teatro pode fazer com que muitas consciências reconstruam os seus conceitos pré-estabelecidos e, desta forma, dê ao indivíduo a oportunidade de renascer para fazer escolhas baseadas no conhecimento e nas realidades redescobertas.
Para que o Teatro prospere entre as outras formas de arte, deveremos dar um passo firme no futuro, incorporando-o na vida quotidiana, através da abordagem de questões prementes de conflito e de paz.
Na procura da transformação social e na reforma das comunidades, o Teatro já se manifesta em zonas devastadas pela guerra, entre comunidades que sofrem com a pobreza ou com a doença crônica. Existe um número crescente de casos de sucesso onde o Teatro conseguiu mobilizar públicos para promover a conscientização no apoio às vítimas de traumas pós-guerra.
Faz sentido existirem plataformas culturais, como o [ITI] Instituto Internacional de Teatro, que visam consolidar a paz e a amizade entre as nações. Conhecendo o poder que o Teatro tem é, então, uma farsa manter o silêncio em tempos como este e deixar que sejam “guardiães” da paz no nosso mundo os que empunham armas e lançam bombas. Como podem os instrumentos de alienação serem, ao mesmo tempo instrumentos de paz e reconciliação?
Exorto-vos, neste Dia Mundial do Teatro, a pensar nesta perspectiva e a divulgar o Teatro, como uma ferramenta universal de diálogo, para a transformação social e para a reforma das comunidades.
Enquanto as Nações Unidas gastam somas colossais em missões de paz com o uso de armas por todo o mundo, o Teatro é uma alternativa espontânea e humana, menos dispendiosa e muito mais potente.

Não será a única forma de conseguir a paz, mas o Teatro, certamente, deverá ser utilizado como uma ferramenta eficaz nas missões de paz."

FONTE: http:// teatro plural.blogspot.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

CEARÁ-MIRIM eo seu Teatro na década de 60.


Parece pouco provável que se possa fixar a data em que se iniciaram, em Ceará-Mirim, as representações teatrais.

Porém, vamos falar da movimentação teatral nos anos 1960. Fundamos juntamente com Diocleciano Cid, o Teatro de Estudantes de Ceará-Mirim formado por amadores.

Partimos para montar um grande espetáculo teatral. A peça escolhida foi o original de autoria do renomado autor Amaral Gurgel, intitulada “A trágica noite de Natal ou “Os Transviados”. Um drama muito forte em três atos. Passamos mais de um mês ensaiando todos os dias. Neste ano estava sendo diplomada a primeira turma da Escola Técnica do Comércio, para a qual foi destinada a renda do espetáculo.

Apresentamos por três noites seguidas e as dependências do Centro Social leci Câmara, literalmente lotadas. A montagem da peça obedeceu rigorosamente o que exigia o texto ou seja, cenário montado em gabinete fechado, haviam dois cenários,: uma sala de residência e uma sala montada pata o Tribunal do Júri, com todos os jurados, o juiz, os advogados, escrivão e policial.

Vale salientar a grande interpretação, quase perfeita, do saudoso Fernando Barros, no papel de advogado de acusação. O grande talento de Diocleciano Cid, no papel de réu; as interpretações perfeitas de Nininha, Lourdinha e completando o elenco principal da peça, o autor deste artigo, que dirigiu o espetáculo e fez o papel de advogado de defesa e irmão do réu.

O final da peça foi grandioso, o réu foi absolvido, e, em seguida, ao chegar em casa, veio a morrer nos braços de sua Mãe, na presença de outros familiares. A emoção tomou conta da seleta platéia, as pessoas aplaudiam de pé, gratificando assim, todos os artistas que também emocionados choravam e riam ao mesmo tempo.

Participaram do elenco da peça, todos os concluintes da Escola Técnica de Comércio,Wilimam Ferreira, Manoel Barbosa, Mário Pinheiro, Segundo Lima, Crisanto Varela, e outros. Participaram também do elenco de apoio, Severino Xavier e Diocleciano Cid.

Depois so sucesso vieram outros grupos: teatro Unidos Meira pires, Grupo Cênico Monsenhor Celso Cicco. Vieram daí grandes apresentações como: “Eles não usam Blach-tie”, “A Face do Senhor””, “O Santo e a Porca” e “Chico Vaqueiro” de minha autoria.

Seria uma injustiça se não fosse citados aqui todos os que fizeram teatro, com muito amor e dedicação, muitas vezes até fugindo de suas limitações. Diocleciano Cid, Manoel Ferreira, Joaquim Nunes, Antonio de Jesus, Valdir Machado, Guilherme Queiroz, Fernando Barros, Severino Xavier, Raimundo Cavalcanti, Lourdinha, Nininha, paizinha, Izabel, Margarida de Castro, Nadege Barros, Creuza Campos, Francisca, Marli, Wilimam, Josemar. Peço desculpas se alguém não foi citado, pois foram tantos que a memória pode ter esquecido.

Quero para finalizar este artigo, fazer justiça a um homem que ajudou ao teatro municipal, o professor João de Castro. A ele nossa homenagem maior.

Jadson Queiroz é Autor, Ator, Teatrólogo, Compositor e Poeta.