terça-feira, 26 de abril de 2011

LUTO NA DANÇA - MORRE ROOSELVET PIMENTA


Reconhecimento

Nome conhecido e reconhecido dentro do circuito da dança potiguar e nordestina, Roosevelt Pimenta começou sua carreira como ator, ao lado de outros dois expoentes das artes cênicas natalense: Sandoval Wanderley e Jesiel Figueiredo.

Em 1965, já como profissional, embarca rumo ao Recife para ser assistente de direção do espetáculo “A Corda”, do pernambucano Clênio Wanderley. Por lá, fez teste para a TV Jornal do Comércio e foi aprovado como primeiro bailarino. No mesmo ano, tornou-se bailarino solista do Grupo de Danças Clássicas Flávia Barros. Ainda no Recife, trabalhou em circo e em teatro de revista, até se mudar para São Luís do Maranhão, onde atuou na Academia Maranhense de Balé. Após três anos em São Luís, foi convidado para fazer parte do Balé do Estado de São Paulo.

Em 1974, de férias em Natal, foi ‘convocado’ por Jesiel Figueiredo, por Jobel Costa e por Olindina Gomes, então Secretária de Educação e Cultura, para fundar o Balé Municipal de Natal, do qual foi diretor até dezembro de 2008. Antes, em 2004, durante comemoração alusiva aos 30 anos de criação do Balé Municipal, recebe justa homenagem por sua dedicação à instituição, que passa a se chamar Escola Municipal de Balé Professor Roosevelt Pimenta.

“Roosevelt dizia que tinha tudo para não ser, mais foi bailarino. O tamanho, o peso, não combinavam à delicadeza necessária ao bailarino clássico. O biotipo poderia sugerir mil e uma profissões, mais nunca a de um bailarino”, escreveu a professora Isaura Rosado, secretária Extraordinária de Cultura do RN, em nota de pesar.

De acordo com Isaura Rosado, apesar da dança natalense também ter sido marcada pela presença das professoras Olga Hipólito (nos anos 1950), Noêmia Ferraz (1965) e Ieda Emerenciano, “foi Roosevelt quem formou gerações e gerações de bailarinos. Fez, sem sombra de dúvidas, ‘escola’. Roosevelt esta na raiz do ensino e da multiplicação das escolas de balé na capital. Despertou o interesse pela profissão, levou legiões de amigos, pais, avós, ao teatro”, afirmou.

Para ilustrar essa geração formada por Roosevelt, podemos destacar Anízia Marques e Fátima Sena (professoras do Balé Municipal), Ana Thereza Miranda e Maria Cardoso (professoras e proprietárias, respectivamente, das escolas de dança Studio Corpo de Baile e Escola de Balé Maria Cardoso), Wanie Rose (da EDTAM), Larissa Marques e Karerine Porpino (professoras da UFRN).

“Nesta hora de saudade, temos o orgulho de poder dizer que com Roosevelt convivemos e a ele, agora, prestamos as nossas merecidas homenagens,  reconhecendo-lhe a importância do longo e profícuo trabalho como pioneiro  no ensino do balé clássico no RN”, finaliza Isaura Rosado.

Também membro do Conselho Municipal de Cultura, Roosevelt Pimenta “nos deixou um belíssimo exemplo de dedicação ao trabalho e um profundo e abalizado apego à prática da arte-cultura”, escreveu Rafael Correia de Oliveira, secretário executivo do Conselho, em nota oficial de pesar. Ainda segundo a nota do Conselho “ele (Roosevelt) não conseguia afastar-se do alcoolismo. O que agravou seu estado de saúde”.

Fonte: Tribuna do Norte

Nota do Blogueiro: Tive o privilégio de ter assistido o nascimento de Roosevelt no teatro,pois  participamos juntos no  Teatro de Amadores  de Natal sob a Direção de Sandoval Wanderley. Tive o  prazer de  quando
 lançado por Sandoval, como autor de teatro, com  a  minha peça " Chico Vaqueiro", Rooselvet,participou  nos ajudando
na parte técnica. Descança em Paz, amigo Rooselvet!!! Que Deus te abençoe e até um dia.

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