O dono da história
O potiguar José Cortez, dono da editora que leva seu nome, traçou uma trajetória que já virou enredo de filme e livros
Francisco Francerle // mailto:franciscofrancerle.rn@dabr.com.br
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Ele foi lavrador, vendedor de frutas, marinheiro, lavador de carros e viveu mil e uma peripécias até ser um dos editores de livros mais conceituados do Brasil. A trajetória do potiguar José Xavier Cortez pode ser contada tanto numa tese acadêmica de sociologia, mostrando o protagonismo de um migrante do sertão nordestino que consegue sucesso no Centro-Sul do país, quanto numa história infantil de um menino matuto que conheceu a praia aos 16 anos e construiu tudo que tem graças ao prazer de ler e à sua incontrolável paixão pelos livros. Cortez saiu do Rio Grande do Norte ainda rapaz e, após ser expulso da Marinha, seguiu para São Paulo e se transformou no proprietário da Editora Cortez que tem hoje 31 anos.
Protagonista de uma história real, Cortez é desde criança um sonhador e foi sonhando que ele conseguiu mudar a trajetória de sua vida. Teve coragem para ir contra o próprio destino que lhe queria um agricultor, a exemplo dos seus pais, e tomou outros caminhos, estudando e trabalhando com afinco até conquistar posição privilegiada no mercado livreiro. Aos 73 anos, ele não se deixa levar pelo sucesso, é simples, modesto e apaixonado por suas raízes nordestinas. Não perde um forró na terra paulista e fica indignado quando vê na sua terra natal um teclado fazendo as vezes de um acordeon de oito baixos, numa descaracterização da cultura que está virando moda em casas de shows natalenses.
O reconhecimento de sua trajetória está espelhado em livros, som e imagens publicados em 2010 e, ainda, na iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo, que lhe concedeu título de cidadão paulistano. Em Natal, o curraisnovense também recebeu a homenagem da Câmara Municipal em título proposto pelo vereador George Câmara. Mas o melhor reconhecimento à trajetória do editor potiguar veio mesmo através das obras publicadas por importantes autores do cenário nacional. O principal foi o documentário de50 minutos O Semeador de Livros, de autoria de Wagner Bezerra que teve lançamento emNatal, Currais Novos e São Paulo. O documentário, que teve aprovação do Ministério da Cultura e apoio de diversas instituições como o Governo do RN, Fundação José Augusto e Cosern, tem sido transmitido em rede nacional por diversas emissoras.
Outra publicação foi a biografia Cortez - A saga de um sonhador, de Teresa Sales e Goimar Dantas, que retrata a história de um homem que transitou entre sucessos e fracassos, erros e acertos, caracterizando-se como símbolo de um verdadeiro brasileiro. E a última obra veio através da autora Silmara Casadei, que escreveu o livro infantil Como um rio: o percurso do menino Lucas, ilustrado por Lisie De Lucca.
Repercussão
A publicação dessas obras foi importante para a concretização de antigo sonho: contar para as crianças, adolescentes e jovens do Brasil que é possível sonhar e realizar os sonhos, tendo a leitura como principal ferramenta de vida. Foi assim que nasceu o Projeto Rodas de Conversa, no qual José Cortez toma como base o próprio exemplo e vai às escolas para interagir com estudantes de todas as faixas etárias. O projeto oferece aos participantes o princípio da "rememoração como educação". A medida que todos têm a oportunidade de conhecer o percurso do editor e sua marcante trajetória de vida, perpassada por superação de adversidades, por sua visão empreendedora e uma intensa dedicação aos livros
Cortez não esquece as origens nordestinas e, mesmo morando em Sáo Paulo, não perde um forró Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press |
O reconhecimento de sua trajetória está espelhado em livros, som e imagens publicados em 2010 e, ainda, na iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo, que lhe concedeu título de cidadão paulistano. Em Natal, o curraisnovense também recebeu a homenagem da Câmara Municipal em título proposto pelo vereador George Câmara. Mas o melhor reconhecimento à trajetória do editor potiguar veio mesmo através das obras publicadas por importantes autores do cenário nacional. O principal foi o documentário de50 minutos O Semeador de Livros, de autoria de Wagner Bezerra que teve lançamento emNatal, Currais Novos e São Paulo. O documentário, que teve aprovação do Ministério da Cultura e apoio de diversas instituições como o Governo do RN, Fundação José Augusto e Cosern, tem sido transmitido em rede nacional por diversas emissoras.
Outra publicação foi a biografia Cortez - A saga de um sonhador, de Teresa Sales e Goimar Dantas, que retrata a história de um homem que transitou entre sucessos e fracassos, erros e acertos, caracterizando-se como símbolo de um verdadeiro brasileiro. E a última obra veio através da autora Silmara Casadei, que escreveu o livro infantil Como um rio: o percurso do menino Lucas, ilustrado por Lisie De Lucca.
Repercussão
A publicação dessas obras foi importante para a concretização de antigo sonho: contar para as crianças, adolescentes e jovens do Brasil que é possível sonhar e realizar os sonhos, tendo a leitura como principal ferramenta de vida. Foi assim que nasceu o Projeto Rodas de Conversa, no qual José Cortez toma como base o próprio exemplo e vai às escolas para interagir com estudantes de todas as faixas etárias. O projeto oferece aos participantes o princípio da "rememoração como educação". A medida que todos têm a oportunidade de conhecer o percurso do editor e sua marcante trajetória de vida, perpassada por superação de adversidades, por sua visão empreendedora e uma intensa dedicação aos livros
fonte: DIARIO DE NATAL
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